Letra: João Barreto de Menezes
Música: Maestro Nelson Ferreira
Ano: 1928
Longo tempo vivi dominadaE afinal os grilhões rebentei
Nos lampejos de minha alvorada
Tive apenas as bênçãos da lei
Ontem escrava emboraHoje liberta sou
Pois felizmente agora
Meu progresso raiou
Eu sentia ter seiva na vidaCom meus passos queria machar
Mas a fronte trazendo abatida
Era apenas floresta vulgar
Entre mágoas sem contaNão tive ânsias em vão
Pois quando a luz desponta
É contra a escuridão
Ante o sol que ilumina as montanhasQuando em fulgidos raios nos vem
Despertando energia estranhas
Despertou-me a esperança também
Emudecer não há deJamais a minha voz
Clamando liberdade
Na turba dos heróis
No meu seio a justiça abertoPodem todos viver e fluir
Florestanos olhai já vem perto
A grandeza do nosso porvir
Surgindo nesse instanteEntre princípios bons
Sou mesmo a triunfante
Floresta dos Leões